Com a chegada do inverno, aumentam os desafios para manter a saúde e o conforto térmico dos trabalhadores. As baixas temperaturas podem favorecer a ocorrência de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, sinusites e até infecções mais graves. Além disso, a exposição prolongada ao frio pode comprometer o bem-estar físico e a produtividade dos colaboradores, especialmente em ambientes com baixa proteção térmica.
Garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis é uma obrigatoriedade prevista nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Previdência. Isso requer tanto a adoção de medidas preventivas de saúde quanto a implementação de cuidados ergonômicos adequados às condições climáticas — como veremos a seguir.
Ambientes internos: ventilação, higiene e conforto térmico
Embora escritórios e áreas internas sejam mais protegidos contra o frio extremo, eles ainda requerem atenção:
Ventilação controlada: manter o ambiente arejado sem criar correntes de ar frias é essencial. A renovação do ar reduz a concentração de agentes infecciosos no ambiente.
Higienização frequente: superfícies de uso comum, como mesas, maçanetas e equipamentos, devem ser desinfetadas regularmente. Estimule o uso de álcool em gel e etiqueta respiratória, como tossir no antebraço.
Incentivo à vacinação: a vacina contra a gripe é uma das principais aliadas para reduzir os afastamentos por doenças respiratórias.
Condições térmicas equilibradas: o uso de aquecedores deve ser seguro, evitando o superaquecimento e o ressecamento do ar. A baixa umidade favorece irritações nas vias respiratórias e infecções. Para equilibrar o clima, recomenda-se o uso de umidificadores ou recipientes com água. A temperatura deve seguir os parâmetros da NR-17, entre 18 °C e 25 °C, respeitando o conforto térmico e a atividade realizada.
Ambientes externos: proteção contra frio e intempéries
Trabalhadores expostos a ambientes externos enfrentam condições mais extremas durante o inverno, o que exige medidas específicas:
EPIs adequados à estação: luvas térmicas, botas impermeáveis e roupas com isolamento são essenciais. O EPI precisa oferecer conforto térmico sem comprometer a mobilidade.
Pausas programadas em ambientes aquecidos: sempre que possível, garantir momentos de descanso em locais protegidos do frio.
Alimentação e hidratação adequada: manter uma alimentação equilibrada, com refeições quentes e nutritivas, ajuda a conservar a energia corporal e reforçar a imunidade. Da mesma forma, a hidratação não deve ser negligenciada — mesmo sem sentir sede, é importante manter a ingestão de líquidos. A recomendação geral é consumir cerca de 35 ml de água por quilo de peso corporal ao dia.
Monitoramento das condições climáticas: em caso de ventos fortes, chuva ou temperaturas extremas, o ideal é avaliar se a atividade pode ser adiada ou adaptada com segurança.
Ergonomia térmica: o equilíbrio entre conforto e segurança
A ergonomia térmica é o ramo da ergonomia que busca adaptar o ambiente às condições térmicas ideais para o trabalhador. Ela considera:
- Temperatura do ambiente
- Umidade relativa do ar
- Velocidade do ar
- Tipo de vestimenta e esforço físico da atividade
Como já mencionado, segundo a NR-17, norma regulamentadora que trata da ergonomia, a temperatura ideal para ambientes de trabalho climatizados deve variar entre 18 °C e 25 °C. Dessa forma, temperaturas abaixo desse intervalo ou variações bruscas podem afetar a concentração, causar dores musculares e até resultar em acidentes por rigidez corporal. Por isso, é essencial que o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) inclua a avaliação da exposição ao frio e medidas específicas para controlar esse risco.
Se a sua empresa precisa elaborar ou revisar o PGR, conte com o suporte técnico especializado da Valean. Com a nossa assessoria, é possível garantir conformidade com as normas regulamentadoras, proteger a saúde dos trabalhadores e promover um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.
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