O trabalho em altura exige medidas rigorosas de segurança, especialmente quando não é possível instalar andaimes ou outras plataformas de trabalhos. Nesses casos, a cadeirinha suspensa torna-se a solução mais utilizada, mas seu uso inadequado representa riscos graves. A NR 18 – Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção estabelece requisitos específicos para garantir a proteção dos trabalhadores.
Requisitos da NR 18 para a cadeira suspensa
Para estar em conformidade com a norma e oferecer segurança efetiva, a cadeira suspensa deve atender às seguintes exigências:
- Sustentação: deve ser apoiada por cabo de aço ou cabo de fibra sintética de alta resistência.
- Sistema de subida e descida com dupla trava de segurança: é obrigatória a presença de dispositivo com dupla trava de segurança, prevenindo acidentes em caso de falha mecânica.
- Proteção individual: o trabalhador deve usar cinto de segurança tipo paraquedista, conectado a um trava-quedas em cabo-guia independente.
- Identificação do fabricante: a cadeira deve conter, de forma visível, a razão social da empresa fabricante e o número do CNPJ.
- Padronização: a cadeira deve atender aos requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instrução e embalagem de acordo com as normas técnicas nacionais vigentes.
Esses requisitos visam padronizar os equipamentos, garantir rastreabilidade e, principalmente, preservar a vida do trabalhador.
Principais erros no uso da cadeirinha suspensa
Apesar da existência de normas claras, ainda são frequentes falhas que colocam em risco a segurança durante o trabalho em altura. Entre os erros mais comuns, destacam-se:
Montagem incorreta do sistema de ancoragem
Fixações mal feitas ou em locais inadequados comprometem a sustentação. A escolha e validação do ponto de ancoragem são fundamentais.
Regulagem incorreta da cadeirinha
Permanecer por longos períodos em posição incorreta pode gerar fadiga, desconforto e até síndrome da suspensão inerte (trauma por suspensão).
Desconsiderar EPIs complementares
O cinto paraquedista e o trava-quedas são obrigatórios, mas não bastam sozinhos. Outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como capacete, luvas e calçados de segurança, também são essenciais para evitar acidentes e minimizar lesões.
Ausência de inspeção regular
A falta de verificação periódica da cadeira suspensa, cabos e sistemas de trava pode levar a falhas durante o uso. Inspeções visuais e testes funcionais devem ser parte da rotina de segurança antes de cada operação.
Escolha inadequada de fornecedor
Adquirir cadeiras suspensas de empresas sem credibilidade ou que não atendem às normas técnicas é um erro grave. Sempre verifique se o equipamento possui certificação, identificação correta e histórico de confiabilidade do fabricante.
Falta de plano de resgate
Mesmo com todos os cuidados na operação do equipamento, acidentes podem ocorrer. Por isso, a ausência de um procedimento de resgate rápido pode agravar seriamente as consequências. Da mesma forma, a falta de um sistema de comunicação eficiente com a equipe em solo pode atrasar resgates em caso de emergência.
Falta de treinamento adequado
Um dos principais riscos é utilizar a cadeirinha suspensa sem capacitação adequada. A legislação exige treinamento com carga horária e conteúdo mínimos, ministrado por instrutores qualificados, incluindo avaliação e prática em ambiente adequado. Além disso, a NR 18 determina reciclagem anual para reforçar conceitos e atualizar procedimentos.
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